Revista Novo Perfil Curiosidades

terça-feira, 4 de março de 2014


Uma planta ilegal pode ajudar a combater a principal causa de morte nos Estados Unidos. As doenças cardíacas mataram mais de 600 mil americanos em 2010, segundo dados dos Centros de Controle de Doenças. Uma análise recente sobre a composição do cânhamo, o primo inofensivo da maconha, identificou várias substâncias químicas potencialmente saudáveis para o coração.

O óleo de sementes de cânhamo contém altos níveis de ácido alfa-linolênico, segundo um estudo publicado por farmacologistas espanhóis no Journal of Agriculture and Food Chemistry. Trata-se de um ácido graxo ômega 3, capaz de reduzir significativamente o risco de doenças coronarianas, sugerem os pesquisadores.

Seu alto teor de gorduras poliinsaturadas reduz o colesterol e evita a aterosclerose, ou acúmulo de resíduos no interior das artérias, escreveram os pesquisadores da Universidade de Sevilha, Espanha.

O óleo de cânhamo também contém ácido gama-linolênico, uma substância que melhorou os sintomas de ratos com fibromialgia, uma doença crônica degenerativa, em um experimento publicado no Journal of Functional Foods .

As sementes de cânhamo utilizadas no estudo foram cultivadas no oeste do Canadá. O país legalizou o cânhamo industrial em 1998, para a produção de fibras, óleo vegetal e outros produtos.

Desde 1958, a planta é ilegal em grande parte dos Estados Unidos , mas as coisas estão começando a mudar.

Um projeto de lei em votação no Senado permitirá a implementação de projetos-piloto de cultivo de cânhamo industrial em fazendas americanas. Buscando vantagens comerciais, alguns governos estaduais se anteciparam à aprovação da lei. A Assembleia Geral do Kentucky, por exemplo, votou pela legalização do cânhamo no ano passado e, recentemente, aprovou um projeto-piloto, segundo o EUA Today.

Os botânicos classificam o cânhamo e a maconha como diferentes variedades de uma mesma planta, a Cannabis sativa. As fibras resistentes de seu caule são usadas há milhares de anos na fabricação de cordas, tecidos e outros materiais, e contêm um teor muito baixo de tetrahidrocanabinol (THC), uma das principais substâncias psicoativas que justificam sua ilegalidade.

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Fonte: Discovery 
Por Tim Wall