Revista Novo Perfil Curiosidades

sexta-feira, 15 de novembro de 2013


Acordar de manhã e tomar café é um ritual matinal. Você sai da cama, vai tropeçando de sono até a cozinha, esfrega os olhos e se serve de uma xícara. Para muitos, esse primeiro gole de café define o início do dia, porque é a desculpa perfeita para dizer adeus (mesmo que por um momento) ao mundo dos sonhos.

No entanto, quanto há de verdade nisso? Steven Miller, o cérebro por trás do blog Neuroscience DC, atreve-se a duvidar da eficiência desse estimulante matinal. E ele está longe de ser um amador, já que é especialista em cronofarmacologia, ciência que analisa a interação entre os ritmos biológicos do corpo humano e os fármacos.

O organismo conta com várias referências para orientar suas necessidades ou estímulos ao longo das 24 horas do dia: o ritmo circadiano determina os padrões de sono; o ritmo ultradiano pede uma pausa a cada 90 minutos, e o ritmo do cortisol, o famoso “hormônio do estresse”, é responsável pela regulação dos níveis de alerta do organismo. Miller acredita que o consumo de cafeína, o princípio ativo do café, deve levar em conta esses relógios internos para gerar um efeito positivo e evitar perturbações ou desequilíbrios.

Por exemplo, um estudo realizado pela Universidade de Sheffield mostra que o nível de cortisol é mais elevado entre as oito e nove horas da manhã. Miller explica em seu blog: “Tomar um café pela manhã significa ingerir cafeína quando o organismo está em um nível elevado de alerta. E um dos princípios da farmacologia determina que uma substância só deve ser ingerida quando o corpo necessita dela. Caso contrário, pode-se desenvolver uma tolerância à droga, se as mesmas doses forem mantidas. Em outras palavras, a mesma xícara de café toda manhã pode se tornar menos eficaz com o tempo”.


Há outros momentos em que o corpo naturalmente retoma o estado de alerta ao longo do dia . Em geral, os níveis de cortisol aumentam até as 13h, e entre as 17h30 e 18h30. Portanto, o especialista recomenda tomar o primeiro café por volta das 10 ou 11 horas da manhã, e o restante fora dos períodos de picos de cortisol para não alterar o ritmo natural do organismo.

E quanto às bebidas energéticas?

Se você busca vigor e energia nas conhecidas latinhas coloridas, um estudo publicado na revista Nutrition Reviews Journal negou que os energéticos sejam mais eficientes que o café para aliviar o cansaço.

Não há evidências suficientes para determinar se a taurina, o guaraná, o ginseng, a vitamina B e outros ingredientes comuns dos energéticos contribuem para prolongar o desempenho físico ou cognitivo.

E adivinhem qual é o único ingrediente eficaz na fórmula dessas bebidas? Sim, a cafeína. Outro ponto a considerar, ainda mais controverso, é a quantidade de substâncias psicoativas presentes nessas bebidas (algumas marcas contêm até dez vezes mais cafeína que uma xícara de café).

Portanto, se você está sem pique, não hesite em recorrer ao café, mas cuidado com os horários e seus respectivos ritmos corporais.

Em que momento do dia você costuma beber café?

Revista Novo Perfil Online
Fonte: Discovery Brasil




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