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sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Carta 13 no tarôt é "morte" (Foto: Reprodução
Contrariando supersticiosos, rio-pretenses contam porque gostam do dia.
Cineasta seleciona os melhores clássicos do terror para 'comemorar' data.

Você acorda e ao espreguiçar ganha um torcicolo. Levanta da cama e escorrega. Anda um pouco e prende o dedo na porta, recebe um telefonema e desmarcam seu compromisso. Sai de casa e o carro não pega ou perde o ônibus, perde dinheiro na rua, tropeça num buraco ou cai da cadeira. Situações desagradáveis que poderiam acontecer todos os dias, mas que hoje tem outro significado. A resposta é a mesma: “hoje é sexta-feira 13”. Mas nem todo mundo pensa assim e muita gente prefere desacreditar nas lendas e usar o 13 como símbolo de boa sorte.

Considerada popularmente como “o dia de azar”, a sexta-feira 13 poderia ser uma data qualquer, se não fosse associada a diversos desastres pelo mundo como, por exemplo, em 1939, quando aconteceu o pior incêndio de florestas na história da Austrália, que queimou 20 mil quilômetros de terra e matou 71 pessoas. No Brasil, foi em uma sexta-feira 13 de 1968 que o governo militar do Brasil decretou o AI-5, que, entre outras coisas, suspendeu direitos e garantias políticas, dando poder aos militares de fechar o congresso.

Em diversas culturas a associação da sexta-feira junto ao número 13 despertou o interesse pela quantidade de relações. No Cristianismo, acredita-se que Jesus Cristo teria sido morto em uma sexta-feira 13, uma vez que a Páscoa Judaica é celebrada no dia 14 do mês de Nissan, no calendário hebraico.

No tarôt, o número 13 é a carta da morte. Já para pesquisadores, um grande dilúvio na sexta-feira 13 fez os ingleses decidirem não zarpar nenhum navio neste dia, independente de ser 13 ou não. Segundo a terapeuta holística Cláudia Grisi, o 13 é um número irregular e, junto a sexta-feira, que é o dia em que se acredita que Jesus foi crucificado, tornou-se o dia mais azarado de todos. “São 12 signos, 12 meses do ano, 12 tribos de Israel, 12 apóstolos... tudo isso criou-se na numerologia, um entendimento de que 13 é um número irregular e símbolo de infortuno”, comenta Grisi.

Eles adoram!

Contrariando os supersticiosos, a advogada rio-pretense Mônica Gonçalves tem uma mania um tanto diferente relacionada ao número 13. A fissura pela numeração é tanta que ela pagou para que fosse feito um número de celular composto só pelos dígitos 1 e 3. Mônica diz que para ela o significado é de bom presságio. “Eu amo o número 13. Sempre que preciso escolher a numeração de qualquer coisa, peço pelo 13. Para mim traz sorte, só minha casa que não deu para fazer essa escolha. Considero a sexta-feira 13 muito especial, porque ao contrário das outras pessoas, eu me sinto mais sortuda”, comenta Mônica.

O músico Marlon Ferri também defende a data. Segundo ele, o 13 é o preferido e traz sorte. “As pessoas tem medo do 13, por associação. Como eu entendo um pouco de numerologia, sei que o 13 é um número bacana e escolho sempre ele quando me pedem “um número” em situações aleatórias. Não levo a sério a crença de que um simples número atraia coisas negativas, acho que tem haver com você e naquilo que você acredita”, explica Ferri.

Para contornar a situação de tensão da sexta-feira 13, ele diz que usa o bom humor para rir da data. “Como sei que as pessoas têm medo, sempre prego peças nas pessoas e assusto todo mundo, digo que aconteceu coisas que não aconteceram, uso espelho quebrado, gato preto e passo embaixo da escada só para provar que não tem nada haver. Acho muito engraçado o modo como essa superstição agregou tamanho valor à nossa cultura, que levam as pessoas a acreditarem que algo de ruim realmente vai acontecer”, concluiu Ferro. 

Terapeuta acredita em atração negativa quando se
pensa em azar (Foto: Natália Clementin / G1)
E você teria coragem de levar o 13 ainda mais a sério, dormindo sob este número? O jornalista Jean Rock foi além: ao alugar um apartamento fez questão de escolher o número 13. “Não tenho nenhum receio de morar no apartamento 13, pelo contrário. Já morei antes em um prédio em que o andar 13 não existia, o número 12 pulava direto para 14 e achei tão exagerado. Fiz questão de mudar no 13. Acho a sexta-feira super legal. Posso cruzar com um gato preto ou quebrar espelho que vou é fazer piada por ter sido na sexta-feira 13”, brinca Rock.

De acordo com a terapeuta holística Cláudia Grisi, se você acredita, atrai a energia, portanto, passe a considerar a sexta-feira 13 de maneira mais leve, assim, não terá azar enquanto não ficar o esperando. “Acredite em Deus primeiramente, ou acredite na positividade. Se você acha que o dia é de azar, reze, acenda uma vela para seu santo favorito, faça uma prece e peça proteção. Nós precisamos primeiro estar bens e confiantes de nossa proteção para sermos protegidos, isso vem de dentro de nós”, explica Cláudia.

Zagallo é fã do 13 (Foto: Reprodução/TV Globo)
E tem o Zagallo..

Uma das figuras mais ilustres do futebol brasileiro, Zagallo completou no mês passado 82 anos de vida, mas o número que ele realmente gosta é o 13. O tetracampeão mundial atribui que grande parte do seu sucesso é devido a sua veneração pelo número 13.

Temido por uns e adorado por outros, a verdade é que o número 13 pode ser considerado o número da sorte de Zagallo, que tem quatro Copas do Mundo no currículo. A relação dele com o número é tão grande que até a Fifa, em seu site oficial, fez uma homenagem ao Velho Lobo no aniversário dele em alusão ao 13. Com o título “13 lembranças do aniversariante Zagallo”, a homenagem traz 13 ex-jogadores, como Pelé, Bebeto e Cafu, para dar um depoimento sobre Zagallo.

Em entrevista ao blog Primeira Mão, do Globoesporte.com, Zagallo explicou as razões pelo carinho com o número, tão temido pela maioria das pessoas. “A história começou por causa da minha mulher. Ela é devota de Santo Antonio e o dia 13 de junho é o dia de Santo Antonio. Eu comecei a jogar com o número 11 e depois, por isso, troquei pelo 13. A imprensa explorou, então, o fato de eu ter ganho muitos títulos. Muita gente acha que o 13 é por superstição. Mas não é. É fé mesmo, é devoção”, afirmou na época.


Sexta-feira... de terror

Se para muitos a sexta-feira 13 é um dia que dá calafrios e faz relembrar vários casos de assombrações, para os amantes do cinema e, principalmente do gênero terror, a data é especial e reservada para ver filmes assustadores. Para embalar esta sexta-feira sombria, o cineasta Alexandre Stevanato, de Rio Preto, elencou cinco filmes que não podem ser deixados de lado nesta data.

Cineasta escolhe filmes favoritos para curtir a sexta-feira 13 no clima do terror (Foto: Natália Clementin / G1)
O primeiro filme da lista de Stevanato é “Nosferatu”, filme alemão de 1922 e que conta a história de Conde Orlok, um vampiro de Montes Cárpatos. O filme teve uma refilmagem em 1979. “O gênero terror se tornou um clássico desde o início do século passado, graças a filmes como este e também com o Drácula”, afirma.

Já o segundo filme na lista de Stevanato na verdade é uma série, que fez a sexta-feira 13 ficar ainda mais horripilante. É a série clássica de Jason, Sexta-feira 13. O cineasta explica que os principais filmes são os da década de 80. A série foi dividida em 12 filmes, que começou em 1980 com Sexta Feira 13 e teve em 2009 uma mistura entre refilmagem e sequência do primeiro filme.

O terceiro filme na lista é “Rec”, filme lançado em 2007 e que conta a história de uma equipe de televisão que acompanha o plantão do Corpo de Bombeiros em Barcelona, na Espanha. O quarto filme também foi lançado em 2007: “Atividade Paranormal”. “Este filme foi lançado como um novo terror. Todo mundo se assustou e ele transmitiu o que pretendia, que era causar medo repentino”, afirma.

O quinto filme no ranking é, o que para muitos, se tornou a principal franquia do terror nos últimos anos: “Jogos Mortais”. O primeiro filme, lançado em 2004, teve um orçamento reduzido mas, apesar disso, foi sucesso de bilheteria e rendeu mais sequências. “Se eu tivesse que indicar apenas um para ver, seria o primeiro, que mesmo com o orçamento curto, foi o mais horripilante de todos”, diz.

Segundo Stevanato, para se ter um bom filme de terror é preciso de lugar aterrorizante, como uma casa abandonada ou uma fazenda isolada, um conflito que precede o terror e, por último, pessoas que não saibam do fator de risco e serão surpreendidas. “Em minha opinião, quando o filme de terror é bem feito, ele tem um retorno super positivo, como, por exemplo, os Jogos Mortais. Mas também existe outras sequências porque o primeiro filme deu certo e foi bem produzido, como ‘Pânico’ e ‘Eu Sei o Que Vocês Fizeram no Verão Passado”.

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Fonte: G1






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